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Restaurantes de BH comemoram aumento expressivo de entregas quando chove
por Tatiana Moraes (Hoje em Dia
30/01/2017

Um olho no fogão, o outro na previsão do tempo. Quem está no ramo de delivery, sempre torce contra o sol. Em períodos chuvosos, como os atravessados neste janeiro, os pedidos em restaurantes que fazem entregas chegam a dobrar. E o faturamento acompanha, afastando a nuvem negra da crise econômica. 

Conforme o presidente da Associação de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Ricardo Rodrigues, a média de elevação nos pedidos quando um pé d’água começa é de 50%. No restaurante dele, o Maria das Tranças, um domingo de chuva aumenta em até 100% as entregas. Por isso, o empresário não tira os olhos dos aplicativos de meteorologia. 

Em um domingo de sol, quatro motoqueiros atendem ao Maria das Tranças, com unidades na Savassi e no bairro São Francisco. Se a previsão é de chuva, são convocados seis, imediatamente. “Pode aumentar mais, dependendo do fim de semana. O frango ao molho pardo, nosso carro-chefe, tem tudo a ver com domingo chuvoso”, conta Rodrigues. 

No restaurante Paracone, com duas casas no bairro Santa Efigênia, os fins de semana chuvosos engordam em cerca de 30% o caixa. De acordo com o proprietário da casa, Lindoval Conegundes, são cerca de 30 entregas por dia. Aos sábados e domingos, mesmo sem chuva, o número salta para até 90.

“Dizemos que é só chover que todo mundo fica com vontade de comer pizza”, brinca Conegundes. Além da pizza, o Paracone entrega peixes, porções outras e refeições tradicionais, mais demandadas na hora do almoço. “Como fazemos promoções novas a cada 15 dias, os produtos mais pedidos costumam mudar”, afirma. As bebidas também têm boa saída, segundo o dono do restaurante. 

Exigência

Basta começar a chover para o gerente do estabelecimento indiano Maharaj, José Geraldo Oliveira, reprogramar o dia. No restaurante, os pedidos aumentam 25% quando o tempo fecha. E o cliente é exigente. 

De acordo com Oliveira, quem pede comida em casa é extremamente atento à embalagem e ao tempo de entrega. “Se não o cliente não ficar satisfeito, ele liga e reclama mesmo”, diz.

A apresentação também é fundamental para a gerente geral do restaurante italiano Maurizio Gallo, Renata Oliveira. Segundo ela, o restaurante preza muito pelo acondicionamento e pela temperatura do alimento. A estratégia tem dado certo. 

O ticket médio do cliente do delivery costuma ser até maior do que aquele que vai ao restaurante. “Quando chove, o telefone não para de tocar. As pessoas pedem comida, bebida, sobremesa, tudo. Como vendemos congelados, algumas ainda pedem algo para outro dia”, comemora.

 

 

 

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